domingo, 29 de abril de 2007

Jesus está chamando você de volta


Às vezes, pensamos que as pessoas precisam deixar de fazer coisas más para se aproximarem de Deus, mas o que ocorre é o contrário: Primeiro é preciso encontrar-se com Deus, para então, abandonar o pecado. Foi o que aconteceu com São Paulo, ele tinha ódio dos cristãos, por isso, os combatia, aprisionava, entregava-os para que fossem julgados e condenados. Então, Jesus lhe apareceu no caminho de Damasco e, depois disso, o ódio desapareceu e aquele que perseguia os cristãos tornou-se o grande pregador de Jesus, do cristianismo, foi às sinagogas desafiar aos doutores da lei pregando sobre Jesus Cristo.
Seja você quem for, seja qual for o seu problema, se Jesus entrar em sua vida, ela será totalmente transformada. Talvez você não agüente mais a vida que está levando; talvez esteja no caminho errado, queira mudar, mas não consegue. Deixe Jesus entrar em sua vida, em seu coração, assim como fez com Paulo. Talvez você diga: "Eu não sou digno disso; já fui longe demais". Não! Seja você quem for, não se esqueça das palavras de Jesus:
"Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura" (Mar 16,15).
Ele está chamando você de volta. Não se desclassifique, porque para Jesus não há casos sem solução. Por isso, entregue hoje, a sua vida a Jesus.
Seu irmão,Pe. Jonas Abib

O melhor de todos os amigos

Com um amigo verdadeiro, partilhamos tudo. O que nem a nossa família consegue mudar em nós, o amigo verdadeiro consegue.
Vale a pena, hoje, abrir o coração, com o melhor de todos os amigos e o melhor companheiro de caminhada, sobre o que você está vivendo, sem nada reter.
Aproveite a companhia de Jesus e fale com Ele sobre seus traumas, medos, confusões, idéias erradas e experiências negativas que você já teve. Não há ninguém melhor do que Jesus, para abrirmos o nosso coração, porque Ele é o único que nos entende perfeitamente, até quando não sabemos nos expressar e dar explicações.Apresente a Jesus sua afetividade, suas inseguranças, suas tristezas profundas, seus complexos, suas frustrações, suas revoltas interiores... Quanto mais íntimo de Jesus você se tornar, vá falando das coisas mais profundas do seu coração, com a clara certeza que Ele nos ama, não nos julga e nem nos condena.Abandone-se hoje, em Jesus, como uma criança que se abandona nos braços da mãe, sem reservas.Jesus, eu confio em Vós!

sábado, 28 de abril de 2007

Ver e ouvir o Papa!

Por Dom Tomé Ferreira da Silva (*)
Temos a alegria de receber o Santo Padre, o Papa Bento XVI, no Brasil. Nos dias 9, 10 e 11, ele estará conosco em São Paulo, de onde falará para todos os brasileiros. De Aparecida, nos dias 12 e 13, ele falará, de modo especial, a todos os latino-americanos e caribenhos, presidindo a Eucaristia e proferindo a palestra de abertura da V Conferência do Episcopado da América Latina e do Caribe. Aguardamos com expectativa este momento de graça.Achei estranho alguns comentários que ouvi circulando nos últimos dias. Eles expressavam a idéia de que para ir ao encontro do Papa, para vê-lo e ouvi-lo, seria preciso preencher uma série de exigências éticas, ou, em outras palavras, ser "santo". É claro que isto não é verdade! O Papa vem ao encontro de todos!Penso em Jesus Cristo. Ele, durante a sua vida pública, nos três últimos anos de sua existência terrena, foi ao encontro dos pecadores, sentou-se com eles para a refeição, com eles conviveu e ofereceu-lhes a graça de Deus, levando-os à conversão e tornando-os pessoas renovadas. Basta pensar no caso de Maria Madalena, de Zaqueu, de Mateus e de tantos outros que obtiveram dele não só a cura do corpo, mas também da alma. Como soa bem para o nosso coração a sua palavra dirigida a tantos: "Os teus pecados estão perdoados... vá em paz... não peques mais...".Recordo-me de duas palavras de Jesus Cristo: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra" (Jo 8, 7) e "Não são as pessoas com saúde que precisam de médico, mas as doentes" ( Mt 9, 12). Estas duas exortações são suficientes para mostrar que Deus "não deseja a morte do homem pecador, mas que ele se converta e viva". A vida e a práxis de Jesus Cristo mostram que ele veio ao encontro dos pecadores: "Não é a justos que vim chamar, mas a pecadores" ( Mc 2,17). Ele veio para incluir a todos no Reino de Deus.Ora, do mesmo modo que Jesus Cristo se aproximou pastoralmente dos pecadores, Sua Santidade o Papa Bento XVI vem ao encontro de todos, não só para abraçar as ovelhas que se encontram seguras no conforto da Igreja, mas também os filhos dispersos que, por algum motivo, se encontram afastados da comunidade eclesial.A visita do Santo Padre é uma visita pastoral. Vem para confirmar na fé os filhos fiéis, estimulá-los na perseverança e no trabalho apostólico. Mas ele vem também para os filhos dispersos e dirigirá a eles, que são a imensa maioria, uma carinhosa exortação para que possam ir ao encontro de Jesus Cristo, através da Igreja. Mais do que falar, ele dar-lhes-á um grande abraço, para mostrar que Deus, nosso Pai, deseja abraçar a todos os seus filhos e filhas.O Papa não vem só para os católicos. Encontrar-se-á também com líderes de outras religiões, num momento ecumênico. Ele vem ao encontro dos não cristãos e dos homens de boa vontade que desejam o bem nos seus corações. Como Pastor, ícone do Cristo Bom Pastor, ele vem ao encontro de todos, também daqueles que não pertencem ao "seu rebanho".Por isso, caro filho e querida filha, ninguém deve sentir-se excluído da visita do Papa. Nenhum de nós precisa sentir-se um intruso nas grandes celebrações. Todos somos convidados! Vamos todos ao encontro de Sua Santidade! Vamos a ele com a mesma liberdade daqueles que foram ao encontro de Jesus Cristo. Mais do que para ser visto e ouvido, ele vem para ver e ouvir. E quem sabe, se formos com o nosso coração aberto, este encontro poderá mudar para melhor a nossa vida.
(*) Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Sempre caio na mesma tentação! Como vencê-la?

Jesus é o Vencedor!Portanto, antes de qualquer outra coisa, é preciso estarmos unidos com quem já nos deu a vitória! Que ninguém se engane! Quem diz " já sei lidar com isto", torna-se presa fácil!Também nunca permita que a tentação imobilize você, pois, impedir-nos de reagir é forte tática do mal! Os grandes santos, a exemplo de Santo Afonso de Ligório, nos ensinam que uma atitute fundamental é justamente reagir imediatamente sem permitir-se nenhum tipo de diálogo com o mal. Lembre-se: estar com O Vencedor, reação imediata e nada de diálogo com quem nos deseja a morte eterna. Boa luta, vencedor!
cancaonova.com
Hoje, cotas raciais. No futuro, cotas genômicas?

Poderemos ser discriminados pelo nosso DNA? Será possível invadir nossa privacidade genômica?

As cotas raciais levantaram uma questão muito complexa sobre um assunto polêmico: a discriminação. E no futuro? Será que não poderemos ser discriminados ou beneficiados de acordo com nossos genes? Da mesma maneira que os hackers invadem nossos computadores, será que não haverá uma invasão ao nosso genoma? Poderemos salvaguardar a nossa privacidade genômica?Você deve estar pensando, que isso é uma ficção científica... mas, na realidade, poderá acontecer mais cedo do que imaginamos. Se possuirmos familiares afetados com doenças genéticas de início tardio, como a coréia de Huntington ou ataxias espinocerebelares (que levam à perda da coordenação motora e capacidade de locomoção, em geral após os 40 anos de idade), os testes genéticos, hoje, permitem saber se somos portadores das mutações que causam essas doenças e prever se seremos ou não comprometidos, décadas antes do aparecimento dos sintomas. O estudo dos nossos genes permite também saber se temos uma predisposição aumentada para várias doenças, como o mal de Alzheimer ou certos tipos de câncer. Nossa filosofia, no Centro de Estudos do Genoma Humano, é o de não testar pessoas (clinicamente normais) para doenças de início tardio, ainda sem tratamento, porque isso só lhes traria angústia, sem nenhum benefício. Entretanto, você já imaginou como as companhias de seguro-saúde ou os empregadores gostariam de saber se vamos ter doenças de alto custo, ou que poderão atrapalhar o nosso desempenho futuro?- Posso me recusar a tirar sangue e pronto! - dirá você - Sou eu quem decide se quero ou não ser testado!Ingenuidade sua. O nosso DNA é mais acessível do que você supõe: deixamos restos de DNA por toda parte. No copo onde bebemos água depois de ir à academia, ou no cigarro que fumamos após o almoço, por exemplo.Recentemente, um funcionário de uma grande empresa na Holanda começou a mandar cartas anônimas (e ameaçadoras) à chefia. Enviava as cartas através de caixas postais diferentes, e certamente achava que nunca seria descoberto... Mero engano!Logo foi identificado por um geneticista, que usou a seguinte estratégia: coletou restos de saliva (presentes na região de fecho postal) e, assim, foi fácil traçar o perfil genético do mandante. Restava saber, enfim, a quem tal perfil pertencia. Para isso, os funcionários foram convidados a reuniões, onde lhes era servido café. Em uma delas (após coleta e análise dos copos utilizados), encontrou-se a pessoa cujo DNA era o mesmo do encontrado na carta... e matou-se a charada! Isso não acontece só na Holanda, um fato semelhante aconteceu no Brasil.Lembram-se do seqüestro de Pedrinho, levado da maternidade por uma mulher de Goiás, Wilma, que se dizia sua mãe? Quando se desvendou o crime, surgiram suspeitas a respeito de Roberta (irmã de criação de Pedrinho): teria ela sido também seqüestrada ao nascer?Roberta, na época, tinha 24 anos e declarou que “não queria” saber. Entretanto, ao depor na polícia, jogou fora (distraidamente, é claro) “bitucas” de cigarro. A partir delas, foi possível extrair seu DNA... Qual foi o desfecho? Descobriu-se um novo seqüestro, ela não era filha biológica de Wilma.Sua privacidade havia sido violada, sem o seu consentimento. Será que para ela, foi vantajoso ou não? E o direito de não saber?Trabalhos recentes sugerem que cada um de nós é portador de pelo menos 300 mutações, que podem (ou não) significar um risco aumentado para certas doenças.Os avanços científicos vão permitir que se conheça, cada vez mais, os nossos genes. É uma informação que só diz respeito a nós. Mas como garantir que isso aconteça? Como impedir que haja uma invasão do nosso genoma, e essas informações se tornem públicas? Como impedir nossa discriminação genômica? Não sabemos. Queremos que você reflita, que questione, que se sinta incomodado. Talvez pensando juntos cheguemos a alguma resposta.
Mayana Zatz
Genético é diferente de hereditário


Caros leitores, dentre os inúmeros comentários que recebi em resposta à minha última coluna (“A maldade é genética?”), alguns chamaram minha atenção.Vou reproduzir um deles aqui, que merece ser esclarecido!“Diego, membro da quadrilha que cometeu o crime que resultou na morte do menino João Hélio, foi entregue pelo próprio pai, em um ato, no mínimo, corajoso. E a genética aí?“ Freqüentemente, quando digo a um casal normal que seu filho tem uma doença genética, eles reagem com uma resposta semelhante: “Como é possível? Não há nenhum caso desses em nossa família!”.E isso é verdade. Se todas as doenças genéticas (e são mais de 7.000) fossem herdadas diretamente dos nossos pais, Adão e Eva deveriam ter sofrido de todas elas, não? As pessoas confundem o termo “genético” com “hereditário”, e é necessário que se esclareça: essas palavras não são sinônimos. Toda doença hereditária, que é transmitida de pais para filhos, é genética, mas nem toda doença genética é hereditária. Muitas das doenças ou características genéticas que temos não foram herdadas dos nossos pais. Elas podem aparecer em um filho nosso pela primeira vez, por uma mutação genética nova (que é uma alteração em um ou mais genes), ou por uma combinação particular de um ou vários genes paternos e maternos, que favorecem o aparecimento daquela característica interagindo com o ambiente. A hemofilia (doença causada por um defeito na coagulação do sangue) ou a acondroplasia (a forma mais comum de nanismo, que torna as pessoas anãs) são exemplos de doenças hereditárias e, portanto, genéticas. Um indivíduo com acondroplasia tem uma probabilidade de 50% de ter um descendente também acondroplásico e assim por diante. Por outro lado, o câncer é um exemplo de doença genética (que ocorre devido a um erro no funcionamento dos nossos genes) que, felizmente, não costuma ser hereditária, isto é, passada de pai para filho. Isso acontece também com outros traços, tais como talento musical, aptidão para esportes ou desvios de comportamento, que obedecem a um tipo de herança chamada multifatorial, porque dependem de vários fatores. Essas características, para serem desenvolvidas, dependem da interação entre os nossos genes (que são vários, cada um com um efeito pequeno) e o ambiente. Basta olhar uma maratona: dentre as muitas pessoas que se submetem a um mesmo treino, poucos atletas conseguem terminar a corrida em pouco mais de 2 horas. Por quê? Além do condicionamento ambiental, essas pessoas têm algumas características inatas, importantes para esse desempenho, como tipo de musculatura, capacidade pulmonar ou reservas de glicogênio, por exemplo. Portanto, além de um super – e específico - treinamento, para ser um campeão, você precisa ter algumas características “impressas” nos seus genes, que podem nem ter sido herdadas dos pais. Por exemplo, não se tem conhecimento de que o pai de Pelé tenha sido um grande futebolista (apesar de ter sido jogador profissional), os pais de Daiane dos Santos, campeões de ginástica olímpica ou os pais do Beethoven, grandes compositores. Do mesmo modo, os pais de bandidos (capazes de cometerem crimes hediondos), são freqüentemente pessoas de bem, incapazes de uma maldade. No caso de crimes hediondos, isto nos leva a uma reflexão maior: se não foi um ambiente desfavorável a causa de uma distorção tão grande de personalidade, como explicar? Será que esses indivíduos são capazes de enxergar ou compreender o valor de uma vida humana? E se eles forem totalmente incapazes de sentir emoções? Mas se realmente existir uma predisposição genética para esses desvios de comportamento, vamos querer punir fetos, como sugere o nosso presidente? Não! Nunca poderemos determinar, em um bebê ou em qualquer indivíduo, a partir da análise dos seus genes, se ele terá desvios de comportamento antes que ele os cometa. Isso porque não poderemos nunca controlar ou prever qual será a situação capaz de desencadear em uma pessoa uma "fúria assassina" ou a realização de um crime hediondo.
Mayana Zatz
Antes de discutir o início, o que é vida?

Antes de discutir o início, o que é vida?

No último dia 20, participei em Brasília de um debate histórico, a convite do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi a primeira vez que este assunto extremamente polêmico -- o uso de células embrionárias (CTE) para pesquisas -- era discutido em uma audiência pública. A iniciativa, digna de aplausos, teve por objetivo oferecer subsídios aos ministros do STF para julgar uma ação de inconstitucionalidade (Adin) contra a Lei de Biossegurança, aprovada em 2005, que permite as pesquisas com células-tronco embrionárias.

Os opositores a essas pesquisas defendem a tese de que a vida humana começa no momento da concepção. Portanto, os embriões congelados nas clínicas de fertilização seriam “pessoas” -- que não podem ser destruídos para pesquisas, mesmo que essas possam resultar em futuros tratamentos que poderão salvar inúmeras vidas.

O debate todo ocorreu em torno do tema central: “Quando começa a vida?”

No momento da fertilização? Quando o embrião implanta-se na parede uterina? Quando se forma o sistema nervoso? Quando ele pode viver independentemente da mãe? Quando nasce?

Não existe um consenso. Afinal, cada um de nós tem a sua opinião, de acordo com sua experiência científica, crença ética ou religiosa.

A questão é: o que é vida? Todas as células do nosso corpo estão vivas. Um coração, rim ou fígado, para serem transplantados, têm de estar vivos. Eles não são pessoas, não são seres humanos. Mas podem devolver a vida a alguém que está morrendo.

Dizer que todo “embrião congelado” é uma vida equivale a dizer que toda semente é uma árvore. Podemos afirmar que árvores originam-se de uma semente do mesmo modo que todos nós nos originamos de um óvulo fecundado por um espermatozóide. Mas a recíproca não é verdadeira. Sabemos que inúmeras sementes quando plantadas não germinam e nunca se transformarão em uma árvore.

E o mesmo acontece com os embriões congelados, nas clínicas de fertilização. Eles foram gerados por casais, que na sua grande maioria, não conseguiu engravidar por métodos naturais -- e por isso recorrem à fertilização assistida. Freqüentemente, sobram embriões que não serão implantados, porque o casal já teve os filhos que desejava. Então, esses embriões são congelados.

A Lei de Biossegurança, aprovada pelo congresso nacional em 2005 (por 96% dos senadores e 85% dos deputados), prevê que, após três anos, eles poderiam ser utilizados para pesquisas, desde que haja consentimento dos genitores.

Esses embriões nunca estiveram ou estarão em um útero, condição indispensável para que um óvulo fecundado possa resultar em um ser humano. Portanto, é fundamental que as pessoas entendam que NÃO se trata de aborto. Existe uma diferença fundamental nos dois casos.

No aborto, temos uma vida no útero da mãe, que, sem interferência humana, deve continuar. No caso dos embriões congelados é exatamente o contrário. Sem interferência humana -- que propiciou a união do óvulo e do espermatozóide no laboratório -- não existiria o embrião. Logo, sem a mão humana, esse embrião nunca será inserido em um útero ou destinado a pesquisas. Ficará congelado eternamente.

Os especialistas que defendem as pesquisas com CTE (células-tronco embrionárias) baseiam seus argumentos em dados científicos ou nos resultados das tentativas terapêuticas, realizadas com células-tronco adultas (CTA), aplicadas em doenças tais como: diabetes juvenil, problemas cardíacos, doenças de Chagas, derrame e doenças neuromusculares.

Todos eles são unânimes em afirmar que as experiências clínicas com CTA (embora possam contribuir com alguma melhora em alguns subgrupos de pacientes) estão longe de representar uma cura. Por isso, as pesquisas com CTE têm de continuar. Somente elas têm o potencial de gerar todos os tecidos do corpo.

Além disso, convém lembrar que todas as tentativas terapêuticas realizadas até o momento foram com CT retiradas da medula óssea do próprio paciente, o que chamamos de auto-transplante. Contudo, esse procedimento NÃO pode ser aplicado em pacientes com doenças genéticas (cerca de 5 milhões de brasileiros), pois o defeito genético está presente em todas as células.

Caros leitores, se as pesquisas com CTA fossem tão eficientes (como apregoam aqueles que são contra as pesquisas com CTE), porque haveríamos de insistir sobre a importância em continuar e aprimorar o estudo sobre as células embrionárias?

Seria tão mais fácil poder ter resultados com as CTA, não é mesmo? Elas são mais abundantes, mais fáceis de manipular e não apresentam problemas éticos. Mas precisamos estudar as CTE. Somente elas poderão nos ensinar como programar as CTA e fazê-las produzir o tecido que queremos, na quantidade necessária.

Enfim, questiono: podemos comparar a vida de jovens ou de crianças, que vêem nessas pesquisas a única esperança futura de cura, com a de um embrião congelado que nunca se tornará uma vida?

Esta decisão caberá, agora, aos ministros do STF.


Texto extraído do G1 Portal de Notícias do Globo
Mayana Zatz